Em 30 de março deste ano, o Secretário de Educação a distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, consolidando o Plano Nacional de Formação de Professores, apresentou, na Conferência Nacional de Educação (CONAE) realizada em Brasília, aquilo que, segundo ele, beneficiará 332 mil docentes em exercício na rede pública de ensino, até 2011. Vagas a serem distribuídas em 90 mil instituições públicas de ensino superior, sendo 46% de Ensino a Distância e 54%, Presenciais.
As perspectivas acerca do que antes foi dito, refletem numa espécie de portal para a introdução de conceitos imersos em “novas” tecnologias. 46% parecem ser algo expressivo diante daquilo que se pode ver entre os colegas internautas. Transpor as barreiras do analfabetismo digital não significa participar de “tudo quanto é tipo de rede de relacionamento” existente na internet. Nossas crianças necessitam de professores que sejam capazes de orientá-las nesse “novo” mundo. Professores engajados. Mas sobretudo alunos engajados.
Aparentemente uma das preocupações sobre a responsabilidade que o professor tem diante desse novo mundo é: o que os recém chegados a este mundo vêm produzindo? São seres dotados de inteligência e perspicácia que a todo o momento clamam por orientação. Não sabem o que fazer com tanta diversidade – muito menos nós.
É extremamente louvável aquele que consegue construir algo sozinho. Mas o foco de nossas observações está concentrada numa construção cooperativa e colaborativa, e é por isso que dispomos de nosso tempo aqui. Nós aprendemos a cultivar nosso tempo, e nos consideramos “maduros” o suficiente para enfrentá-lo. Mas e as crianças? Somos nós que estamos invadindo o tempo das crianças, ou estamos tentando manipular o tempo delas, ou ainda, somos nós os responsáveis por romper a fronteira de compreensão temporal que jamais foi vivida?
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